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  • Daniela

Pensas demasiado?

Até muito recentemente costumava pensar demasiado sobre tudo o que era minimamente importante para mim. Pensaria sobre uma situação injusta que eu tivesse assistido, palavras injustas que ouviria, sobre algo que me magoaria, sobre certas situações que imaginei ou que criei expectativas não aconteciam. Procurava milhões de razões para as coisas estarem a acontecer de determinada forma: “talvez ele já não goste de mim”, “talvez eu seja parva como aquela pessoa disse”… Costumava pensar demasiado até quando queria fazer algo que me deixasse desconfortável. Costumava imaginar como a situação ia acontecer e imediatamente via o resultado. Bem! Eu era a rainha do pensar-demasiado! Acredita! Como paradoxo, o meu maior valor é Liberdade! Então adivinha? Por pensar demasiado estava a colocar-me barreiras e obstáculos em tudo o que eu queria fazer! Estava a travar-me com milhares de pensamentos. Eu era uma prisioneira do meu próprio cérebro. Claro que os grandes contribuidores para todos estes pensamentos eram as minhas inseguranças. O medo de ser julgada, de não ser boa o suficiente, não ser aprovada pelos outros. E como um prisioneiro anseia por liberdade, comecei a sofrer com tudo isto! Sentia-me triste frequentemente. Atraía pessoas tóxicas e permitia que outros me magoassem porque estava à procura de aprovação. Chegava ao fim do dia emocional e intelectualmente exausta. Uma pessoa tem, em média, 70.000 pensamos por dia. Provalvemente eu triplicava esse valor! Então acabei por me aperceber que toda a minha dor estava a ser criada por mim mesma. Era eu quem me dizia que eu não era boa o suficiente para alguém, para certo trabalho, até para um hobby que costumava fazer em pequena. Era eu quem me dizia que eu ia parecer patética se eu fosse ao ginásio ou ao café sozinha. Era eu quem me dizia que se eu não recebia certa chamada depois de determinado período de tempo, era porque a pessoa de quem eu gostava já não estava interessada. E quando me apercebi que não morri porque fui sozinha ao ginásio ou que podia receber aquela chamada noutro dia sem que isso tivesse um significado negativo, soube que tinha que fazer alguma coisa pela minh sanidade! Eu queria Viver! Na ânsia por Liberdade tive que começar a desafiar-me. Todos os dias, quase a toda a hora! Tive que contrariar o meu próprio cérebro cada vez que um pensamento negativo se começava a formar. Tive que aprender a não ouvir a negativismos, medos, a opiniões alheias. Ainda contrario pensamentos e acredito que nunca vou parar. Há sempre merda a  surgir. Mas acredita, fica mais fácil ao longo do tempo! Só tens que começar. Não ter pensamentos negativos começa a ser automático. E ao treinar gratidão, a positividade começa a ser a característica padrão do cérebro.

Hoje sou muito mais livre, mais leve e mais feliz a cada amarra que solto.

Portanto, quero que saibas que É possível eliminar esses medos e negativismo se realmente te comprometeres em desafiares-te. Como?


  1. Lembra-te que o cérebro é um órgão com propriedades musculares: pode ser treinado. Como quando o treinamos para aprender uma nova língua, para tocar um instrumento, para aprender novas habilidades.  O início é lento e cansativo, mas com a prática, as tarefas começam a ser mais fáceis até que damos conta que estamos a dominar uma nova capacidade.

  2. Muda a tua atenção quando um pensamento negativo se começa a formar. Se não consegues reformular esse pensamento numa forma positiva ou não consegues mudar completamente para um novo (e feliz) pensamento, muda o teu estado. Se estás sentado, vai caminhar. Faz exercício, canta uma canção (animada) ou simplesmente vê um vídeo motivacional.

  3. Escolhe um momento do dia, todos os dias, para esvaziares a mente. Senta-te num local calmo que te traga paz e simplesmente fica lá. Não importa quanto tempo. Pode ser 5 minutos, pode meia hora. Deixa os pensamentos virem e irem. Não gastes muito tempo neles. Liberta-os. Foca-te na tua respiração. E sê presente. O presente é tudo o que temos. Ouve os pássaros. O vento. Sente o teu corpo. Sente as partes do teu corpo que se tocam. Sente as artérias do teu pescoço a bombearem sangue. E respira.

  4. Pratica gratidão. Diariamente! Podes até fazer uma lista (a sério!). Há imenso nas nossas vidas que devemos valorizar! Sê grato por estares vivo, pelos teus filhos, por teres um espaço ao qual podes chamar casa, pelos teus pais. Pela amizade. Pelo amor. Pela paz.

Gratidão é a chave para a paz, auto-confiança e felicidade.


Não sejas escravo de ti mesmo.


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